domingo, 24 de outubro de 2010

Estranha.

Insegurança. Essa é a única coisa que eu consigo sentir nesse momento, apesar de ser o que eu realmente não deveria sentir. Minhas mãos tremem e meu corpo inteiro dói. Já é o quarto copo de água que emborco garganta a baixo, e ainda assim minha boca continua seca como terra no verão. Tolice a minha, pensar que tomar água iria dar fim à secura que toma conta, não só da minha boca, mas de mim inteira. Estou de olhos fechados agora, apenas sentindo a brisa da madrugada acariciar meu rosto. Por trás de minhas pálpebras, consigo assistir a todo um passado. O silêncio que toma conta de meus ouvidos é altamente ensurdecedor, mas ainda assim é responsável por essa calmaria que me aflige. Joguei tudo para o meu bau velho. Joguei tudo para dentro do meu coração. Confusões me pertubam. Não quero começar a lembrar de coisas que me ocorreram, pois ás vezes devemos deixar algumas memórias no esquecimento. Queria matar essa vontade de querer que me possua, agora. Mas as coisas não ocorrem só porque ‘queremos’. O pior é que eu morro a cada madrugada, entre o intervalo do nascer e pôr-do-sol! É justamente quando fico só. Me sinto sozinha, pequena. Já basta-me as flores morrem logo, os espinhos estão maltratando-me, cortando-me. Deito-me no velho travesseiro que já presenciou tantas vezes esta mesma cena. Fecho os olhos e ali adormeço, enfim.

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