segunda-feira, 23 de maio de 2011

ADG.


Era vinte para duas da manha, e a chuva lá fora impedia a morte de mais uma alma. Hoje ninguém a viu. Passou-se dois dias desaparecida. Ela furtou os seus pertences, tomou todos os seus remédios, colocou sua arma do lado da cabeceira da cama e escureceu o quarto.  O cheiro de drogas, sangue e o mistério do silencio, a fez enlouquecer. Matou-se, mas deixou algo escrito – Ps: Hoje morri, mas irei viver em outros corpos, para dar tiros pela liberdade.

Ano das Guerras, 1930.

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